Diagnosticando o Tracoma

         Recebemos recentemente em nossa escola a visita de uma equipe de saúde para fazer o exame de tracoma nos estudantes. 

        O tracoma é uma doença oftálmica, que afeta a conjuntiva, córnea dos olhos e pálpebras, levando a uma inflamação crônica. A etiologia é bacteriana, uma variedade da Chlamydia trachomatis, uma bactéria gram-negativa, intracelular obrigatória e que leva a uma hipertrofia dos folículos, hipertrofia papilar e formação de um pano, que resulta na formação de uma cicatriz e até em cegueira.

       No Brasil, há relatos de que esta enfermidade foi trazida pelos europeus, no século XVIII, no Nordeste, onde foram estabelecidos diversos focos desta doença. No ano de 1904 o Governo do Estado de São Paulo proibiu a entrada de imigrantes com tracoma no porto de Santos, mas esta medida durou pouco tempo devido à pressão dos cafeicultores que necessitavam da mão-de-obra vinda de outros países. Nos dias de hoje, o Ministério da Saúde promove controle nas regiões de alta prevalência desta doença. (Fonte: InfoEscola)

       A forma de transmissão desta bactéria se dá pelo contato direto com secreções oculares, nasais e bucais do indivíduo afetado e também, através de objetos que entraram em contato com as secreções de indivíduos contaminados. Por ser uma doença contagiosa, é importante que as escolas façam os exames, já que são espaços que contém muitas pessoas em constante contato, principalmente as crianças.

      

Equipe de saúde fazendo o exame de Tracoma nos estudantes da Baraúna

      Os sinais clínicos da doença são, inicialmente, lacrimejamento, descarga mucopurulenta, irritabilidade ocular. Quando a doença está mais avançada há a presença de cicatrizes na córnea e conjuntiva, levando há uma deformação das pálpebras, fazendo com que os cílios fiquem em contato direto com os olhos, prejudicando assim a visão. Há também inchado dos nódulos linfáticos que se localizam próximo aos ouvidos.

      A prevenção desta doença é feita através da adoção de hábitos adequados de higiene, como por exemplo, lavar o rosto das crianças com frequência, não compartilhar objetos de uso pessoal e boas condições sanitárias.

     Segundo o Portal da Saúde,"estimativas globais da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2009, revelam que existem em torno de 41 milhões de pessoas no mundo com tracoma ativo, 8 milhões com triquíase tracomatosa e 1,8 milhão de cegos devido ao tracoma". 

      Se a sua escola ou a escola do seu filho ainda não foi visitada pela equipe de saúde responsável pelo combate ao Tracoma, entre em contato com a direção para que esta solicite a visita junto à Secretaria de Saúde.